sábado, 15 de fevereiro de 2020

O "viagra" dos astecas são cultivados nas Ilhas Canárias


Originário do México, os antigos astecas chamavam o abacate "ahuacatl", que significa "testículo". Ainda que se acredite que era pela semelhança da forma, não estavam muito desviados dos correligionários de Moctezuma a respeito de suas propriedades. O abacate, por seu alto nível de ácido fólico, melhora o vigor sexual, ajuda nos processos de gestação e é muito saudável. A região onde mais se consome: Ilhas Canárias.

Entre bananais, canas de açúcar e vinhedos, as plantações de abacate ocupam um pequeno espaço na província de Santa Cruz de Tenerife. Em La Palma, La Gomera e ao norte de Tenerife, centenas de pequenos agricultores cultivam este fruto, que vive um auge a nível mundial por seu alto valor nutricional.

Um árvore e uma fruta curiosamente sexual
Houve uma época na Espanha, que os sacerdotes católicos proibiram o consumo do abacate. Consideravam que era um alimento pecaminoso porque aumentava a libido, sobretudo dos homens. Já no Império Asteca utilizavam o mesmo termo, "ahuacatl", para referir-se ao fruto e aos testículos. Além da forma, também os abacates crescem de dois em dois e estudos recentes apontam que seu alto teor de ácido fólico melhora a qualidade do sêmen e é bom para as mulheres nos períodos de gestação.

É indiscutível que os canários são amantes dos abacates. Até oito vezes mais se consume este fruto tropical no arquipélago que na Península. A média anual por canário ronda os quatro quilos, acima dos meio quilo do resto dos espanhóis. “Na minha casa não falta quase nenhum dia. É certo que praticamente a totalidade de nossa produção se vendia aqui - desde 1987 a lei impede a entrada de fruta tropical na ilha para evitar pragas-, ainda que este ano, por exemplo, estamos chegando 40% de exportação para a Península e alguns países europeus”.


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