domingo, 23 de fevereiro de 2020

Japão, nem tudo é sushi. Dicas para uma visita

A comida japonesa não é só sushi. O sushi não é pescado cru, é a comida que usa arroz preparado com vinagre de arroz. Há cem tipos de sushi. Tampouco são makis com abacate. A comida japonesa é como a espanhola ou a italiana. Se usa muito o pescado, mas também a verdura e a carne e provavelmente você come mais "soba" e "ramen" do que parece.

Japão não é lugar para vegetarianos, com certeza. Tem que andar com muito cuidado porque os preciosos pratos "japas" é fácil que contenha algo não apto para eles. Aos demais onívoros um conselho: procure não saber o que está comendo, mas é parte da experiência. Encontrará, em todos os restaurantes, réplicas em plástico dos pratos. Escolha o que parecer mais bonito. Não pergunte. Relaxe e divirta-se.

Não abuse do contato físico. Não é bem visto comer na rua nem suar o nariz. Nem muito menos falar alto. Isso eles podem fazer momentos antes de cair no sono, resultado do excesso de sake ou biru (cerveja). Nas refeições, molhe o nigiri na soja pelo lado do pescado, nunca pelo lado do arroz.

É claro que não devemos espetar os palitos no arroz porque significa que os estamos oferecendo aos mortos, nem tampouco usá-los para passar comida; isso só se faz nos funerais. Se pegamos um yukata devemos fechar com o lado esquerdo sobre o direito, ao contrário só se faz aos defuntos. Não queremos ir a um funeral em Tokio, preferimos ir às compras.

Você pode sobreviver comprando em "vending machines". Ali encontrará desde ovos cozidos a camisas brancas, passando por coisas que não saberá se são para comer ou para tomar banho com elas. Também vendem lagostas vivas, centros de flores, roupa íntima e sanduíches quentes.

Não esqueça de levar dinheiro em moedas, pois os caixas nem sempre aceitam cartões de crédito estrangeiros. E você não quer ficar sem comprar um ovo cozido numa máquina, não é mesmo?

Coloque na mala suas melhores meias. Passará metade da viagem descalço. Os japoneses consideram, bem considerado, que os sapatos levam as sujeiras das ruas às casas e restaurantes. Em muitos lugares pedirão que os deixem fora. Aproveite e use suas meias, esse acessório que diz muito mais de nós que um abrigo.

Não tenha receio dos banheiros públicos. Estarão igual ou mais limpos que os da sua casa. Não só não tenha receio, como você deve entrar. Neles há centros de flores, iluminação digna de Nestor Almendros e claro, o rei da festa: o banheiro multifuncional. Este robô que define o Japão como civilização evoluída está presente nos banheiros públicos e privados. Você vai encontrar kleenex por todos os lados... e nós vamos guardar alguns para não perder os costumes ocidentais.

Não de gorjetas. Um japonês não sente que necessite um incentivo por fazer bem seu trabalho. De todas as formas, se você o fizer, tampouco vão se importar pois pensará "pobre ocidental", está em outro plano, muito mais prosaico. De qualquer forma, isso de pegar o dinheiro diretamente das mãos de outra pessoa para eles parece indigno. Há que continuar gostando deles.

Nas vitrines das lojas, por exemplo, o normal é que mudem nesses momentos como parte das estrategias de marketing mais elementares. E surpreende constatar que muitos produtos, inclusive os mais triviais, mudam suas embalagens. Chuva de flores nas caixas de doces na primavera, pacotes de batatas com explosão de fogos de artifício no verão, latas de cerveja decoradas com folhas de outono, copos de neve nas garrafas de água mineral no inverno, etc. Isso sem contar os produtos puramente sazonais.

O entusiasmo não só pelas embalagens, senão também pelos sabores adaptados às estações, é tão forte que as marcas de comida internacional se adaptaram e desenvolveram produtos exclusivos para o Japão.

Mais informações: Turismo Japão na Espanha
Quer saber mais sobre o Japão? Traveler

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