domingo, 22 de março de 2020

Pescado de piscicultura é uma opção saudável?

Ainda que o consumo de pescado tenha aumentado nas últimas décadas, muitos espanhóis não atendem as recomendações e deveriam aumentar seu consumo. 

O pescado e os mariscos proporcionam nutrientes essenciais que se associam com a boa saúde, como proteínas, ácidos graxos polinsaturados ômega 3 de cadeia longa (AGPI n-3 CL), vitaminas e minerais.

Mas o pescado de piscicultura é uma opção saudável?

Comissão Europeia tem defendido amplamente os benefícios da piscicultura. Se são aplicadas boas práticas agrícolas, o pescado de piscicultura é uma fonte de alimentos marinhos segura, sustentável e nutritiva que pode aliviar a carga de super exposição pesqueira que afeta as populações de alimentos marinhos. Além disso, o pescado de piscicultura com frequência está mais fresco no momento de sua aquisição e elaboração.

Composição nutricional do pescado de piscicultura frente ao pescado salvagem:

A composição nutricional do pescado é determinada por diversos fatores, incluídas a espécie, a estação, a dieta, a localização, a etapa de desenvolvimento e a idade. Os níveis de nutrientes do pescado salvagem variam de forma considerável incluindo dentro de uma mesma espécie. Os níveis de nutrientes do pescado de piscicultura, em especial a composição em ácidos graxos, pode estar influenciada por sua alimentação.

O pescado de piscicultura aporta quantidades de AGPI n-3 CL totais similares ou maiores por ração, mas geralmente também apresenta maior quantidade de gordura que o pescado salvagem.

Tradicionalmente, os produtos pesqueiros como a farinha de pescado e o óleo de pescado vem sendo utilizado com muita frequência como alimento dos peixes carnívoros, como o salmão. Contudo, a diminuição das populações pesqueiras vem provocando uma crescente mudança de tendência ao  uso de nutrientes de origem vegetal.

A pesquisa atual examina como influem as diferentes práticas de alimentação na composição nutricional do pescado de piscicultura. Especialmente, se objetiva  estabelecer se o conteúdo de AGPI n-3 CL dos peixes cuja alimentação tenha base vegetal mantém níveis similares aos dos peixes cuja alimentação se baseia na farinha de pescado ou o óleo de pescado. 

Se tem obtido provas que demonstram que a substituição parcial dos óleos de pescado por azeites vegetai nos alimentos dos peixes pode conseguir concentrações de AGPI n-3 CL parecidas. Outra fonte promissora de AGPI n-3 CL como alimento dos peixes é o cultivo de microalgas marinhas.

Pescado mais seguro na piscicultura

Os anos de industrialização e atividade humana vem provocando a contaminação dos oceanos e mares do mundo, o que implica que os peixes e os moluscos em liberdade estão expostos a contaminantes.

O nível de contaminação dos peixes em liberdade depende enormemente de sua dieta. Os peixes carnívoros, como o salmão ou o atum, são as espécies com mais probabilidades de acumular níveis maiores de contaminantes, já que ocupam posições mais altas na cadeia alimentar.

Não se pode controlar a dieta dos peixes em liberdade e os níveis de contaminantes variam muito segundo a região geográfica, mas sim, se pode vigiar e controlar de perto os níveis de contaminantes dos alimentos na piscicultura. A legislação da União Europeia estabelece regras estritas, incluindo os níveis máximos de contaminantes que pode ter a alimentação na piscicultura, a fim de garantir que o pescado de piscicultura seja seguro para o consumo. Além do mais, os programas de vacinação reduzem os casos de doenças na piscicultura de salmão.

A piscicultura, igual a qualquer atividade humana, se deve administrar de forma sustentável e responsável para minimizar os danos ao meio ambiente. Tal e qual acontece com muitos tipos de animais de exploração, a piscicultura enfrenta numerosos desafios, por exemplo, os casos de doenças, a produção de ração  para a alimentação e a eliminação de resíduos. A gestão correta das pisciculturas minimizará o impacto ao meio ambiental e as licenças para pisciculturas exigem a aplicação de normas operativas que minimizem os efeitos. As normas de meio ambiente da União Europeia estão entre as mais estritas e eficazes do mundo.

A piscicultura sustentável tenta dar resposta a crescente demanda mundial de pescado e marisco ajudando ao mesmo tempo a reduzir a pressão a que estão submetidas as populações de peixes em liberdade. Estão executando um projeto de 5 anos de duração financiado pela União Europeia conhecido como "DIVERSIFY", com o objetivo de respaldar a expansão do setor pesqueiro europeu mediante o desenvolvimento de seis espécies de piscicultura para o mercado. 
Para obter mais informação, visite o site web do projeto.

Pescado de piscicultura é uma opção saudável?
Sim, É com certeza!!!

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