Originário do México, os
antigos astecas chamavam o abacate "ahuacatl", que significa "testículo". Ainda que se acredite que era pela semelhança da forma, não estavam muito desviados dos correligionários de Moctezuma a respeito de suas propriedades. O abacate, por seu alto nível de ácido fólico, melhora o vigor sexual, ajuda nos processos de gestação e é muito saudável. A região onde mais se
consome: Ilhas Canárias.
Entre bananais, canas de
açúcar e vinhedos, as plantações de abacate ocupam um pequeno espaço na província de Santa Cruz de Tenerife. Em La Palma, La Gomera e ao norte de
Tenerife, centenas de pequenos agricultores cultivam este fruto, que
vive um auge a nível mundial por seu alto valor nutricional.
Um árvore e uma fruta curiosamente sexual
Houve uma época na Espanha, que os sacerdotes católicos proibiram o consumo do abacate.
Consideravam que era um alimento pecaminoso porque aumentava a libido, sobretudo dos homens. Já no Império Asteca utilizavam o mesmo termo, "ahuacatl",
para referir-se ao fruto e aos testículos. Além da forma, também os
abacates crescem de dois em dois e estudos recentes apontam que seu
alto teor de ácido fólico melhora a qualidade do sêmen e é bom para as mulheres nos períodos de gestação.
É indiscutível que os canários são amantes dos abacates. Até oito vezes mais se consume
este fruto tropical no arquipélago que na Península. A média anual por
canário ronda os quatro quilos, acima dos meio quilo do resto dos espanhóis. “Na minha casa não falta quase nenhum dia. É certo que praticamente a
totalidade de nossa produção se vendia aqui - desde 1987 a lei impede a
entrada de fruta tropical na ilha para evitar pragas-, ainda que este ano, por
exemplo, estamos chegando 40% de exportação para a Península e alguns países europeus”.
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