Ainda que o consumo de pescado tenha aumentado nas últimas
décadas, muitos espanhóis não atendem as recomendações e deveriam aumentar seu consumo.
O pescado e os mariscos proporcionam nutrientes essenciais que se
associam com a boa saúde, como proteínas, ácidos graxos polinsaturados ômega 3
de cadeia longa (AGPI n-3 CL), vitaminas e minerais.
Mas o pescado de piscicultura é uma opção saudável?
Mas o pescado de piscicultura é uma opção saudável?
A Comissão Europeia tem defendido amplamente os benefícios da piscicultura. Se são aplicadas boas práticas agrícolas, o pescado de
piscicultura é uma fonte de alimentos marinhos segura, sustentável e nutritiva
que pode aliviar a carga de super exposição pesqueira que afeta as
populações de alimentos marinhos. Além disso, o pescado de piscicultura com frequência está mais fresco no momento de sua aquisição e elaboração.
Composição nutricional do pescado de piscicultura frente
ao pescado salvagem:
A composição nutricional do pescado é determinada por
diversos fatores, incluídas a espécie, a estação, a dieta, a localização, a etapa de desenvolvimento e a idade. Os níveis de nutrientes do pescado salvagem variam de forma considerável incluindo dentro de uma mesma espécie. Os níveis de
nutrientes do pescado de piscicultura, em especial a composição em ácidos
graxos, pode estar influenciada por sua alimentação.
O pescado de piscicultura aporta quantidades de AGPI
n-3 CL totais similares ou maiores por ração, mas geralmente também apresenta maior quantidade de gordura que o pescado salvagem.
Tradicionalmente, os produtos pesqueiros como a farinha de
pescado e o óleo de pescado vem sendo utilizado com muita frequência como
alimento dos peixes carnívoros, como o salmão. Contudo, a diminuição das populações pesqueiras vem provocando uma crescente mudança de tendência ao uso de nutrientes de origem vegetal.
A pesquisa atual examina como influem as diferentes
práticas de alimentação na composição nutricional do pescado de
piscicultura. Especialmente, se objetiva estabelecer se o conteúdo de AGPI n-3
CL dos peixes cuja alimentação tenha base vegetal mantém níveis similares
aos dos peixes cuja alimentação se baseia na farinha de pescado ou o óleo de pescado.
Se tem obtido provas que demonstram que a substituição parcial dos óleos de pescado por azeites vegetai nos alimentos dos peixes pode conseguir concentrações de AGPI n-3 CL parecidas. Outra fonte promissora de AGPI n-3 CL como alimento dos peixes é o cultivo de microalgas marinhas.
Pescado mais seguro na piscicultura
Os anos de industrialização e atividade humana vem provocando a contaminação dos oceanos e mares do mundo, o que implica que os peixes e os moluscos em liberdade estão expostos a contaminantes.
O nível de contaminação dos peixes em liberdade depende
enormemente de sua dieta. Os peixes carnívoros, como o salmão ou o atum, são as espécies com mais probabilidades de acumular níveis maiores de contaminantes, já que ocupam posições mais altas na cadeia alimentar.
Não se pode controlar a dieta dos peixes em liberdade e os níveis de contaminantes variam muito segundo a região geográfica, mas sim, se pode vigiar e controlar de perto os níveis de contaminantes dos
alimentos na piscicultura. A legislação da União Europeia estabelece
regras estritas, incluindo os níveis máximos de contaminantes que pode
ter a alimentação na piscicultura, a fim de garantir que o pescado de
piscicultura seja seguro para o consumo. Além do mais, os programas de vacinação reduzem os casos de doenças na piscicultura de salmão.
A piscicultura, igual a qualquer atividade humana, se
deve administrar de forma sustentável e responsável para minimizar os danos ao meio ambiente. Tal e qual acontece com muitos tipos de animais de exploração, a piscicultura enfrenta numerosos desafios, por exemplo, os casos de doenças, a produção de ração para a alimentação e a eliminação de
resíduos. A gestão correta das pisciculturas minimizará o impacto ao meio ambiental e as licenças para pisciculturas exigem a aplicação de
normas operativas que minimizem os efeitos. As normas de meio ambiente da
União Europeia estão entre as mais estritas e eficazes do mundo.
A piscicultura sustentável tenta dar resposta a crescente demanda mundial de pescado e marisco ajudando ao mesmo tempo a
reduzir a pressão a que estão submetidas as populações de peixes em liberdade. Estão executando um projeto de 5 anos de duração financiado pela União Europeia conhecido como "DIVERSIFY", com o objetivo de respaldar a
expansão do setor pesqueiro europeu mediante o desenvolvimento de seis espécies
de piscicultura para o mercado.
Para obter mais informação, visite o site web do projeto.
Para obter mais informação, visite o site web do projeto.
Pescado de piscicultura é uma opção saudável?
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