domingo, 4 de junho de 2017

Coisas desconhecidas sobre o Sushi

As mulheres não podem fazer sushi. Só os homens podem preparar este prato japonês. Isso é machismo? Pois não é, a razão é porque as mulheres têm a temperatura corporal mais alta que os homens, o que altera o sabor do arroz se preparado por elas.

Pode ser comido com as mãos? Pois sim, a maneira tradicional de comer sushi é com as próprias mãos, portanto esqueça os hashis.

Se ainda assim decidir pedir os hashis, nunca esfregue um no outro. Fazer isso para remover as casquinhas de madeiras é considerado grosseria. É como dizer ao chef: “seus hashis são baratos”.

Cuide das boas maneiras. Antes de começar a comer, diga as palavras “Itadakimasu” (pronunciado “i-tadai-kimás”) para desejar bom proveito aos seus companheiros de mesa e lave as mãos com uma toalha úmida e aquecida, o “oshibori”.

Siga uma ordem para comer. Não comece a comer sushi como louco. Deve começar pelo peixe que tenha um sabor mais leve ou suave e acabar com os sabores mais fortes. Deguste primeiro os de cor branca e logo os rosados e vermelhos.

Não passe a comida. Se quiser dar algo de seu prato a outro comensal, passe com as nãos. Fazer com os hashis recorda a tradição de transferir os ossos dos defuntos. Tampouco deixe os hashis na vertical, fincados sobre a comida. Isso só se faz com o incenso nos funerais.

O tradicional é com atum. Na Espanha sempre pedimos maki de salmão e atum, no Japão é realmente raro e difícil de encontrar. De fato, se considera que foram os noruegueses os que introduziram o salmão na sua cozinha nos anos oitenta. Nada a ver com Japão.

Não molhe  todo o sushi dentro do molho de soja. O uso exagerado vai fazer que o sabor do peixe seja mascarado. Só precisa submergir um pouco a lateral (ou seja, gire e faça que o peixe fique do lado de baixo) nunca molhe o arroz.

Um Sushi com abacate? Jamais, no Japão não existe o abacate. Todas as variedades de rolo California (maki com abacate, maionese, queijo philadelphia e molho picante) foram inventados nos Estados Unidos e Brasil. Aos japoneses parece muito raro utilizar estes ingredientes.

O  niguiri se come de uma só vez. Isso de partir o sushi pela metade é muito mal visto. Coma de um só bocado, ainda que tenha de abrir muito a boca. Quando muito, pode dar duas bocadas, sem nunca deixar um dos pedaços sobre o prato.

O wasabi sempre vai dentro do sushi, não a parte. Ainda que exista a opção de pedir sem wasabi, você será visto um pouco estranho se fizer. A pasta verde que conhecemos, é uma versão de rábano picante mais barato que a raíz original, que se serve em tiras.

Elimine o efeito picante. Quando for oferecido o wasabi com a brincadeira de: “coma isso que está muito bom”, procure respirar pelo nariz enquanto sua boca está ardendo e a ardência desaparece em questão de segundos.

O gengibre tem sentido… Ainda muita gente não compreende bem porque está ali, o gengibre tem a função de fazer desfrutar mais das peças de sushi. Ao mudar de peixe, você pode comer um pouco desta planta para eliminar o sabor e recomeçar “co zero” com os novos sabores.

Mas nunca é rosa. Tal como com o wasabi, o gengibre de boa qualidade é branco. A cor rosa é uma versão com corantes que indica que o restaurante não quer gastar muito dinheiro sem acompanhantes.

Não deixe o prato vazio. Se não deixar nenhum grão de arroz, o chef pensará que não fez suficiente comida. Portanto, ou você deixe um pouco ou cumprimenta o metre e convida para um saquê.

A arte do abano. No caso de querer preparar sushi em casa, lembre-se que uma das chaves é secar o arroz com um ventilador. O "uchiwa" permite que o arroz chegue a temperatura ambiente de maneira natural.

Não é o prato favorito dos japoneses. Nem são fanáticos pelo sushi, nem comem diariamente, nem necessariamente o deixam de lado quando estão fora de casa. O amor por este prato, por incrível que possa parecer, está mais presente fora que dentro do país. Já disse o provérbio: “Ninguém é profeta em sua terra”.

Publicado por  http://www.alacartaparados.es em 28/09/2016

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