segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Mitos e Verdades sobre o Café

Você sabe quantos cafés pode consumir durante o dia?
Como começar o dia sem o impulso energético e mental de uma xícara de café? Para muitos, é um hábito inevitável que, inclusive, se repete durante a jornada. Contudo, pouco sabemos sobre os perigos de consumir esta bebida em excesso e menos ainda sobre os benefícios de consumir em quantidades adequadas.

Muitos consumidores de café consideram sua ingestão como um remédio para o esgotamento ou como uma injeção de energia, devido seu teor de cafeína. Esta suposição é correta, mas o que se deve considerar é que isso acontece especialmente para indivíduos não acostumados a ela e que produz um incremento do ritmo metabólico e respiratório. Além disso melhora o rendimento e a resistência durante uma atividade prolongada, tanto intelectual como desportiva.

Por outro lado, se fala de seus efeitos na prevenção do Alzheimer e outras doenças senis. Os estudos sobre este tema não são muito conclusivos, mas o que sim, se tem comprovado é que consumir 200 miligramas de cafeína (duas xícaras de café expresso) pode estimular a memoria a longo prazo.

Suas propriedades sobre condições mentais como a depressão também tem sido corroboradas, especialmente na população feminina. Se estima que as mulheres que bebem quatro ou mais xícaras ao dia têm 20% menos chances de sofrer este tipo de transtorno.

A outra face

Sobre seus efeitos negativos se tem dito muito, mas ao que parece não há provas irrefutáveis. Enquanto que alguns estudos afirmam que os menores de 55 anos que ingerem mais de quatro xícaras de café ao dia têm 21% mais chances de morrer por uma falha cardíaca, outras pesquisas relacionam a ingestão de três xícaras ao dia com a diminuição do risco de sofrer um infarto.

Mas há uma consequência irrefutável da que devemos estar prevenidos: o vício da cafeína. As pessoas acostumadas a tomar entre quatro e seis xícaras diárias podem chegar a padecer de uma síndrome de abstinência similar ao de outras drogas se não cumprem com seu consumo habitual. Entretanto, se nota que, a diferença da produzida pelo tabaco ou álcool, o vício a esta substância não é grave nem permanente.

Aqui vão algumas dicas oferecidas por Karin Serván, especializada em Nutrição:

• Estudos recentes dão conta que o consumo de café se associa a um menor risco de diabetes tipo 2, dano hepático e doenças neurodegenerativas, provavelmente devido a seu conteúdo de antioxidantes.

• Sua contribuição nutricional é pobre, mas tem componentes antioxidantes como os ácidos fenólicos, principalmente o ácido clorogênico.

• Não há estudos que o demonstrem, mas se sabe que a cafeína reduz o cansaço, aumenta o estado de alerta e é um estimulante do sistema nervoso central. Não obstante, estes efeitos dependem das características próprias de cada pessoa, pois há os que são sensíveis a cafeína. O efeito negativo sim tem relação direta com a frequência e concentração desta substância.

• Tão pouco há estudos que demonstrem que as concentrações moderadas e baixas de café produzam gastrite. Em geral, esta condição tem maior relação com os maus hábitos de alimentação e o horário de consumo dos alimentos.

• Estudos realizados em pessoas diagnosticadas com cirrose hepática concluem que o café conteria algum componente protetor do fígado frente ao desenvolvimento da cirrose.

• Minha recomendação é consumir entre 3 e 4 xícaras de café instantâneo ou 3 xícaras de café coado.

• Definitivamente, consumir café moderadamente, leva uma dieta adequada com alimentos variados e realiza atividade física.

Escrito por Javier Monzón

Nenhum comentário:

Postar um comentário