domingo, 10 de julho de 2016

Porque jogamos no lixo tanta comida?

As cifras são mais que alarmantes: quase 8 milhões de toneladas de comida vão ao lixo a cada ano. Grande parte da culpa é o hábito de comprar para toda a semana e não para o consumo diário ou no máximo para dois dias, como deveríamos fazer. Há inclusive quem compra para todo o mês. Tendo em conta que uma boa parte da cesta de compra são alimentos perecíveis, não é de estranhar que se descarta tanta comida.

Segundo o Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente, na Espanha se descarta por ano 7,7 milhões de toneladas de alimentos bons para o consumo. Os lares espanhóis são os que mais desperdiçam, chegando a 42% e dentro deles, lares que abrigam uma só pessoa descartam mais comida que os formados por casais e filhos. 70% dos espanhóis descartam a comida porque não lembram que tinham em casa, o que causa o vencimento ou se estrague, segundo um estudo recente de Aecoc. Uma campanha lançada pela OCU reclama ao Governo "uma regulamentação que freie de maneira efetiva o desperdício da comida".

O desperdício da comida é um problema que ocorre diariamente em praticamente todos os lares espanhóis. Cada semana se descartam 25,5 milhões de quilos de alimentos, uma cifra que supera em 4,5% do total dos produtos comprados, segundo os dados do primeiro Painel de quantificação do desperdício de alimentos em lares difundido pelo Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente.

Sem dúvida, este comportamento não é igual ao longo do ano, já que segundo este informativo na primavera e verão os espanhóis desperdiçam 9,4% mais que no outono ou inverno. Como resultado, na Espanha se descarta por ano 7,7 milhões de toneladas de alimentos, dos quais 1,36 milhões de toneladas procedem dos lares espanhóis, sustenta o Ministério.

Por outra lado, tal como indica a Agência Espanhola de Consumo, os lares são o elo da cadeia alimentícia que mais desperdiça por ano dentro da União Européia, 42% do total dos produtos bons para o consumo humano descartados. Em seguida estão os processos de fabricação (39%), os serviços de restaurantes e catering (14%) e a distribuição (5%).

Publicado por www.alacartaparados.es em 10/07/2016

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